RESUMO DE TESE
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A contribuição da ecoendoscopia no diagnóstico e na terapêutica das lesões císticas do pâncreas
Autora: Simone Guaraldi da Silva. Com o objetivo de avaliar a contribuição da ecoendoscopia no diagnóstico e na terapêutica das lesões císticas do pâncreas, descrevemos os procedimentos intervencionistas (16) e não-intervencionistas (2) realizados em 18 pacientes com diagnóstico citológico ou radiológico prévios, entre 2/10/2002 e 31/6/2004, na Casa de Saúde São José, Rio de Janeiro, RJ. Dados epidemiológicos, clínicos, ecoendoscópicos, tratamentos executados e diagnósticos finais foram coletados. Dez pacientes eram mulheres e oito eram homens, com idade média de 47 anos. As principais indicações do exame foram o diagnóstico citológico (13) e a drenagem de pseudocisto (3). A dor abdominal seguida por emagrecimento e diarréia foram os principais motivos para o exame. Houve predomínio das lesões císticas (15) em relação às lesões intraductais (3). O corpo pancreático foi o segmento isolado mais acometido e o tamanho médio das lesões foi 61,6 × 39,4 mm. Foram executadas uma a quatro punções por agulha fina guiadas por ecoendoscopia nos 13 pacientes com indicação de punção diagnóstica. Nestes pacientes, a combinação dos achados ecoendoscópicos com os citológicos e os laboratoriais (dosagem intracística da amilase e do marcador tumoral antígeno carcinoembrionário) foi a melhor estratégia diagnóstica pré-tratamento (três pseudocistos, quatro cistoadenomas serosos, dois cistoadenomas mucinosos, dois neoplasmas intraductais mucinosos papilíferos e dois adenocarcinomas ). A drenagem de pseudocisto foi realizada nos três pacientes do subgrupo terapêutico com sucesso. Foram observadas três complicações (uma pancreatite aguda, uma atelectasia pulmonar e um pneumoperitônio), todas resolvidas com tratamento clínico. Ocorreu um falso-positivo (cisto adrenal). A aplicação da ecoendoscopia apresentou impacto positivo sobre o diagnóstico e/ou tratamento em cerca de um terço dos pacientes estudados. |