Radiologia Brasileira - Publicação Científica Oficial do Colégio Brasileiro de Radiologia

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Idioma/Language: Português Inglês

Vol. 39 nº 5 - Set. / Out.  of 2006

RESUMO DE TESE
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Page(s) 322 to 322



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Todas as características se mostraram importantes na diferenciação das calcificações em benignas e malignas, em menor grau a densidade e em maior grau a morfologia e a distribuição. A distribuição linear ou segmentar, e a morfologia pleomorfa ou linear apresentaram as mais altas taxas de malignidade.

 

Avaliação ultra-sonográfica dos distúrbios intracapsulares têmporo-mandibulares

 

 

Autor: Carlos Fernando de Mello Jr.
Orientador: Osmar de Cássio Saito.
Tese de Doutorado. São Paulo: FMUSP, 2006.

O diagnóstico dos distúrbios intracapsulares da articulação têmporo-mandibular (ATM) apresentou grande avanço com o advento da ressonância magnética, no entanto, o método apresenta algumas limitações para a realização do exame, como pacientes claustrofóbicos, com marca-passos cardíacos, além de seu alto custo financeiro. Estudos anteriores têm demonstrado que o exame ultra-sonográfico da ATM tem apresentado resultados promissores para a análise da articulação.

Com o intuito de avaliar, em nosso meio, a sensibilidade e a especificidade deste método para este tipo de avaliação, estudamos 38 pacientes (76 articulações), sendo 29 do sexo feminino e nove do sexo masculino, com idades variando entre 16 e 65 anos com queixas de distúrbios têmporo-mandibulares. Todos os pacientes realizaram exames de ultra-sonografia e ressonância magnética no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e no Hospital São Camilo, no período compreendido entre fevereiro de 2004 e março de 2005 (13 meses), e os resultados obtidos nos dois métodos foram comparados.

A ultra-sonografia apresentou sensibilidade de 83,3% para o diagnóstico do deslocamento do disco articular e de 92,5% para a localização tópica do disco com os pacientes de boca fechada, entre os métodos. O exame ultra-sonográfico não apresentou sensibilidade significativa para a detecção de alterações morfológicas dos côndilos mandibulares e dos discos articulares. Em 63,2% das articulações o disco não foi visualizado na ultra-sonografia com o paciente de boca aberta, achado relacionado ao seu deslocamento medial após abertura bucal.

Podemos concluir, no estudo, que o exame de ultra-sonografia apresenta alta sensibilidade e especificidade para o diagnóstico da localização do disco articular com o paciente em repouso, tanto para a análise de seu posicionamento anatômico como nos casos de deslocamentos, não apresentando resultados significativos para a análise dos discos com o paciente com a boca aberta. Embora o método ainda apresente limitações, a utilização do exame ultra-sonográfico pode vir a ser uma opção útil nos casos de pacientes com contra-indicações para a realização da ressonância magnética, além de a ultra-sonografia ser um exame financeiramente mais acessível que a ressonância magnética, fator importante para a limitação da realização dos exames de ressonância em nosso meio.


 
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