O termo biópsia por punção transcutânea com agulha fragmentante tecidual, que poderia ser abreviado de forma simplificada para punção fragmentante (PFrag), foi sugerido na tese de doutoramento da Dra. L. Irion como alternativa para aqueles que infelizmente não aceitaram a denominação punção lancetante proposta pelo Prof. Porto. Ao cunharmos essa denominação, levamos em consideração que o processo de obtenção da amostra para análise histológica dê-se através da utilização de agulhas projetadas para atravessar a pele e recuperar um fragmento do tecido da lesão. Aqui, outra importante contribuição do Prof. Porto deve ser lembrada no momento de redigirmos nossos artigos científicos: a expressão punção percutânea é inadequada, pois o processo sempre causa ruptura da pele, ou seja, é um procedimento transcutâneo e não há possibilidade de atingir a lesão com a agulha por permeabilidade da pele, como indica o termo percutâneo. Em alguns artigos notamos a citação de agulha cortante, o que não diferencia adequadamente, pois em princípio todas as agulhas são cortantes.
Agradecemos ao Prof. Dr. Nelson Porto por seus valiosos ensinamentos e por suas sugestões na elaboração desta carta.
Klaus Loureiro Irion
Doutor em Medicina: Pneumologia; UFRGS
(Consultant Radiologist Pennine Acute Hospitals, England)
Luciane Dreher Irion
MSc (Médica Patologista do Central Manchester and Manchester Children's University Hospitals NHS Trust)
Bruno Hochhegger
Médico
Endereço para correspondência:
912 Manchester Road, Bury
England. Post code: BL98DW
Programa de Pós-Graduação em Ciências Pneumológicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.