MÉTODOS: Foram realizados traçados cefalométricos com grandezas angulares e lineares de tecido ósseo, dentes e perfil mole em 200 telerradiografias cefalométricas laterais obtidas de jovens brasileiros, leucodermas, de ambos os gêneros, não-tratados ortodonticamente, apresentando dentição permanente, na faixa etária de 11 anos e 2 meses a 19 anos e 10 meses, alunos de colégios das cidades de São Paulo, Santo André, São Bernardo, São Caetano e Santos. O material foi dividido, quanto ao tipo de oclusão, em cinco grupos um de pacientes portadores de oclusão normal e quatro de pacientes portadores de más-oclusões de Angle , sendo cada grupo dividido igualmente quanto ao gênero.
RESULTADOS: Para a grande maioria das grandezas, não houve diferença estatisticamente significante entre os gêneros masculino e feminino, dentro de cada grupo. Na comparação das grandezas cefalométricas entre os grupos, não houve diferença significativa em relação à posição da maxila, mas em relação à posição da mandíbula houve diferença estatisticamente significante em dois terços das comparações. Foram observados alguns desequilíbrios verticais, com diferenças estatisticamente significantes. A análise do perfil mole acompanhou a leitura do perfil ósseo na maioria das comparações.
CONCLUSÕES: As médias das grandezas lineares foram maiores nos indivíduos do gênero masculino do que no gênero feminino, porém, sem significância estatística; o padrão de crescimento é hipodivergente para os grupos de oclusão normal e classe II divisão 2ª, enquanto é neutro para os grupos de classe I, classe II divisão 1ª e classe III; o retrognatismo mandibular foi a característica mais marcante nos grupos de classe II divisões 1ª e 2ª; a compensação dentoalveolar foi mais evidente no grupo de classe III e classe II divisão 2ª; o grupo de oclusão normal apresentou perfil mais convexo; a análise facial numérica mostrou que os grupos de classe III e classe II divisão 2ª apresentaram resultados mais discrepantes.