Radiologia Brasileira - Publicação Científica Oficial do Colégio Brasileiro de Radiologia

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Vol. 41 nº 4 - Jul. / Ago.  of 2008

CARTA AO EDITOR
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As diversas causas de dor no ombro do nadador

Autho(rs): Rodrigo Aguiar

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do Paraná (UFPR), Curitiba, PR, Brasil.
E-mail: aguiar.rodrigo@gmail.com

 

Referências

1. Brushøj C, Bak K, Johannsen HV, et al. Swimmers' painful shoulder arthroscopic findings and return rate to sports. Scand J Med Sci Sports. 2007;17: 373–7.         [  ]

2. McMaster WC, Roberts A, Stoddard T. A correlation between shoulder laxity and interfering pain in competitive swimmers. Am J Sports Med. 1998; 26:83–6.         [  ]

3. Cunha GM, Marchiori E, Ribeiro EJ. Avaliação ultra-sonográfica da articulação do ombro em nadadores de nível competitivo. Radiol Bras. 2007; 40:403–8.         [  ]

 

Resposta

 

 

Caro leitor,

Em primeiro lugar, gostaríamos de agradecer o interesse pelo tema, os comentários e colocações relevantes. Estamos de acordo que as causas de dor no ombro, principalmente em atletas "de arremesso" (natação, vôlei, pólo aquático, etc.), não são limitadas apenas a alterações tendíneas e inflamatórias da bursa. É notório na literatura, e em nossa experiência com outros métodos de imagem (ressonância magnética, artrorressonância), que estes atletas desenvolvem hiperlaxidão articular, bem como, na rotina diária de treinamento, fadiga dos estabilizadores dinâmicos do ombro e instabilidade multidirecional, sendo, portanto, alta a incidência de impacto póstero-superior nestes indivíduos. Este mecanismo acha-se intimamente relacionado a lesões labrais, que são causas freqüentes de dor nestes indivíduos.

No entanto, o intuito de nossa pesquisa foi avaliar se atletas envolvidos em longas rotinas de treinamento em natação teriam maior incidência de lesões do manguito rotador do que a população geral. Para este objetivo, a ultra-sonografia apresenta grande sensibilidade e especificidade, em relação aos demais métodos diagnósticos. Nossa conclusão foi que a incidência de lesões do manguito rotador nestes atletas não difere da incidência relatada na população geral por outros autores. A segunda parte da conclusão, questionada em sua carta, refere-se à observação de que em nossa casuística os pacientes que possuíam dor apresentavam maior incidência de bursite frente aos assintomáticos.

Nosso objetivo e conclusão referem-se a apenas verificar se atletas de natação apresentam taxa de lesões tendíneas maior que a população geral, e não investigar as causas de dor no ombro nestes indivíduos. Sabemos da limitação do ultra-som como método de avaliação das estruturas intra-articulares, principalmente o labro. Nossa experiência com os demais métodos sugere que todos os mecanismos de impacto no ombro, bem como suas lesões associadas, podem estar associadas a sintomas dolorosos no ombro, mas este aspecto encontra-se fora dos objetivos já citados.

Atenciosamente,

 

Guilherme Moura da Cunha

Médico Residente do Serviço de Radiologia
do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho
da Universidade Federal do Rio de Janeiro
(HUCFF-UFRJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
E-mail: mouracunha@hotmail.com


 
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