RESULTADOS: Não houve diferença significativa entre os diagnósticos citológicos quanto à idade e ao sexo. As características ultra-sonográficas que mostraram significância (p < 0,001) para malignidade foram: ecoestrutura sólida, hipoecogenicidade, contornos mal definidos, ausência de halo hipoecogênico, microcalcificações e localização nos terços superiores da tiróide; no entanto, nenhuma dessas características apresentou adequada sensibilidade e especificidade, tanto isoladamente quanto em associação. As macrocalcificações apresentaram pequena significância (p = 0,039). O maior diâmetro nodular e o padrão de vascularização não apresentaram significância.
CONCLUSÕES: Houve tendência de o nódulo maligno ser sólido, hipoecogênico, mal definido, sem halo hipoecogênico, com microcalcificações e localizado nos terços superiores, porém nenhuma dessas características foi patognomônica de malignidade, podendo apenas contribuir na escolha dos nódulos que serão encaminhados à punção aspirativa com agulha fina, uma vez que se relacionaram à maior probabilidade de malignidade.
Valor da colangiopancreatografia por ressonância magnética no diagnóstico de lesões das vias biliares em pacientes com suspeita de complicação pós-colecistectomia
Autor: Alexandre Oliveira Cecin
Orientador: Jacob Szejnfeld
Tese de Mestrado. Unifesp-EPM, 2003
OBJETIVOS: Avaliar, qualitativamente e quantitativamente, as alterações morfológicas hepáticas e esplênicas por ressonância magnética em pacientes portadores crônicos de esquistossomose mansoni, e a reprodutibilidade do método na avaliação hepatoesplênica destes pacientes.
MÉTODOS: Realizou-se estudo prospectivo em 28 pacientes esquistossomóticos (idade entre 29 e 61 anos, média de 42 anos) submetidos à ressonância magnética de abdome superior no período de janeiro de 2001 a julho de 2002. Os exames foram realizados em equipamento com alto campo (1,5 T), utilizando-se bobina de corpo e bomba injetora para a administração do contraste endovenoso. Os exames foram interpretados por dois examinadores independentes, que avaliaram a presença de alterações morfológicas hepáticas e esplênicas pelas variáveis qualitativas (alargamento de fissuras, fibrose periportal, heterogeneidade do parênquima hepático, irregularidade de contornos hepáticos, presença de vasos periféricos hepáticos, nódulos sideróticos esplênicos) e quantitativas (diâmetros transverso do lobo caudado, transverso do lobo hepático direito, ântero-posterior do lobo esquerdo, longitudinal do baço, transversal do baço, ântero-posterior do baço e o índice esplênico). A concordância interobservador e intra-observador foi medida pelo teste kappa e pelo teste do coeficiente de correlação intraclasses.
RESULTADOS: As variáveis qualitativas apresentaram boa concordância interobservador e intra-observador (k > 0,65). As variáveis quantitativas apresentaram a mesma concordância (k > 0,66). A maior concordância interobservador foi obtida para o diâmetro ântero-posterior do baço (k = 0,98) e a pior foi para o diâmetro transversal do lobo caudado (k = 0,66). Os observadores identificaram redução do lobo hepático direito, aumento do lobo hepático esquerdo e caudado associado a esplenomegalia em quase todos os pacientes. Identificou-se também a presença de alargamento de fissuras, heterogeneidade do parênquima hepático, irregularidade de contornos, vasos periféricos hepáticos e fibrose periportal em mais de 82% dos pacientes.
CONCLUSÃO: As alterações morfológicas hepáticas caracterizam-se pela presença de redução do lobo direito e aumento dos lobos caudado e esquerdo, e as esplênicas, pela presença de esplenomegalia e nódulos sideróticos. A ressonância magnética é método que apresenta elevada reprodutibilidade na avaliação das alterações morfológicas hepáticas e esplênicas em pacientes portadores crônicos de esquistossomose mansônica.